Agências europeias actualizaram as recomendações para viagens aéreas. Uso de máscara passa a ser apenas recomendado, mas responsáveis relembram importância no momento de evitar contágios.

A partir de segunda-feira o uso de máscara durante os voos deixará de ser obrigatório. A alteração faz parte da mais recente recomendação conjunta do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação. Apesar desta mudança, estas autoridades continuam a recomendar o uso de máscara em certos casos, relembrando que esta é a melhor forma de impedir contágios.

“Os passageiros devem comportar-se de forma responsável e respeitar as escolhas do que os rodeia. Um passageiro que esteja a tossir ou com espirros deve considerar seriamente usar uma máscara, de modo a tranquilizar as pessoas que estejam sentadas na proximidade”, pode ler-se na norma de recomendação. Ainda é aconselhado que todos os “passageiros vulneráveis” – com comorbilidades ou outros factores de risco – mantenham o uso de máscara.

Isto quer dizer que já não é preciso usar máscara durante as viagens? Tudo depende da companhia aérea ou do destino do seu voo. Se viajar para um país onde o uso de máscara ainda é obrigatório nos transportes públicos, existe a recomendação de que os passageiros devem usar máscara no avião. O fim da obrigatoriedade – e data de implementação – também irá variar consoante a companhia aérea que escolher.

“Enquanto continuam a existir riscos, vemos que intervenções não farmacêuticas e as vacinas têm permitido que as nossas vidas comecem a regressar ao normal. Enquanto o uso obrigatório de máscara em todas as situações já não se verifica, é importante estar ciente que, juntamente com o distanciamento físico e a boa higienização das mãos, é um dos melhores métodos para reduzir as transmissões”, alerta Andrea Ammon, director do ECDC, citado na recomendação.

Esta actualização da recomendação para as viagens aéreas acontece num momento em que se começa a desenhar uma sexta vaga do vírus em Portugal, que é, neste momento, o país da União Europeia com mais casos de covid-19 por milhão de habitantes (1150 infecções). A nível mundial, Portugal apenas é ultrapassado por dois outros países: Austrália (1630 casos por milhão de habitantes) e Nova Zelândia (1480).

Artigo original: Público